Entrevista com Sebastián Jantos sobre suas percepções musicais, de Fui Yo a Hoy
Esta matéria contém tradução para o espanhol logo abaixo.
Beijando cores e se deliciando nos ritmos daquilo que é raiz da música afro (brasileira e uruguaia), Sebastián Jantos
canta e toca – e flui – dentro do seu repertório de canções. Músico e
compositor uruguaio, tem a inspriração mais brasileira do extremo Sul.
Sua carreira como compositor parte de uma leveza de música e letra presente em seu primeiro álbum, Fui Yo (2008, produzido por Diego Drexler), vinculada a uma tonalidade pop que envolve todo o repertório e, por momentos, à bossa nova. O disco Hoy (2012, produzido junto a Diego Janssen) entra em contato com
a música afro-brasileira e uruguaia de forma muito mais marcada e
profunda. O repertório toma corpo com arranjos muito mais elaborados
rítmica e timbricamente do que no disco anterior, como o reflexo de um
amadurecimento que se percebe também na poesia das composições.
Atualmente está na etapa de produção de Muamba (produzido por Jantos e Janssen), uma parceria com o músico brasileiro Mário Falcão que contém canções inéditas dos dois, com a exceção de uma versão de Xote con Jazmines (de Sebastián, com parte da letra adaptada ao português) e de Curiosidades (do primeiro disco de Mário).
FUI YO
“O primeiro CD tem canções de diferentes épocas e de diferentes buscas. Algumas canções são até dos meus 17 anos (como Aguacero) e algumas são contemporâneas a quando se gravou o disco (Siento por ciento y Xote con Jazmines).
Comecei a pensar em mim como compositor
depois desse primeiro CD. Surgiu como uma ideia de fazer um demo para
começar a tocar as minhas canções. Estava com muita vontade de fazer
isso, porque também tive essa necessidade, sempre fui bastante criador.
Mesmo quando estudava qualquer instrumento, acontecia que eu exercitava
um pouco e depois começava a provar coisas. Era meio que natural isso me
mim. Com a ajuda do Diego Drexler fomos fazendo, armando, e em um
momento decidimos que tinha que ser um disco. Falamos com Román Varas,
que fez toda a pós-produção e gravou muitos instrumentos. Claramente é
um disco compartilhado com Diego (Drexler) e com Román.”
A PERCUSSÃO
“Nicolás (Arnicho) revolucionou
o mundo da percussão em Montevidéu. Há um antes e um depois do
aparecimento dele. Eu fui seu aluno e quando aparecem situações em que
estamos gravando tambores batá, tambores de água, berimbau, ele está
presente porque foi sempre uma pessoa que incentivava a estudar e a
investigar, a sempre estar em constante estudo e investigação, buscando
se renovar desde esse aspecto e isso ficou marcado em mim pra sempre.”
A MÚSICA BRASILEIRA
“Acho que a forma, principalmente dos
Tropicalistas, de trabalhar a canção desde o musical sempre chamou muito
a minha atenção e eu a absorvi. Escuto músicas de outras partes do mundo
desde pequeno, e a forma em que sintetizam e como levam ao seu universo
essas músicas do mundo e o jeito de arranjar é incrível.
Uma das coisas é o desdobramento
harmônico que a música brasileira tem, inclusive a pré Bossa Nova, já no
choro (gênero musical): há uma forte riqueza aí. Como tive muita
influência da música instrumental, jazz, y de fusão, minha orelha
reconhecia como naturalmente agradável certas passagens harmônicas e
formas de melodizar. Para mim em um momento tive a necessidade de
escrever, e encontrei na MPB essa forma de conjugar a canção, que é uma
linguagem que comunica muita mais diretamente, que tem o texto.
Um dos discos que eu escutava quando pequeno era Transa (Caetano Veloso, 1972), que estava em vinil em casa. Uns anos depois, escutei Palco (canção do álbum Quanta Gente Veio Ver, Gilberto Gil) e
pirei com a sonoridade, a banda, tudo. Foi um momento “quero fazer isto
com os elementos que eu tenho aqui”. Foi uma revalorização das coisas
que eu havia escutado quando criança. É muito importante a música da
infância, é o que te marca sempre.”
Besando colores y deliciándose en los ritmos de aquello que es raíz de la música afro (brasilera y uruguaya), Sebastián Jantos
canta y toca – y fluye – dentro de su repertorio de canciones. Músico y
compositor uruguayo, tiene la musa más brasilera del extremo Sur.
Su carrera como compositor parte de una ligereza de música y letra presente en su primer álbum, Fui Yo
(2008, producido por Diego Drexler), vinculada a una tonalidad pop que
envuelve todo el repertorio y, por momentos, a la Bossa Nova. El disco Hoy
(2012, producido junto a Diego Janssen) entra en contacto con las
música afro-brasilera y uruguaya de una manera mucho más marcada y
profunda. El repertorio toma cuerpo con arreglos mucho más elaborados
rítmica y timbricamente que en el disco anterior, como el reflejo de una
maduración que se percibe también en la poesía de las composiciones.
Actualmente está en etapa de producción de Muamba
(producido por Jantos y Janssen), una “parcería” con el músico
brasilero Mário Falcão que contiene canciones inéditas de los dos, con
la excepción de Xote con Jazmines (de Sebastián, con parte de la letra adaptada al portugués) y de Curiosidades (del primer disco de Mário).
FUI YO
“El primer
disco tiene canciones de diferentes épocas y de diferentes búsquedas.
Algunas canciones son hasta de mis 17 años (como Aguacero) y algunas son contemporáneas a cuando se grabó el disco (Siento por ciento y Xote con Jazmines).
Me empecé a
pensar como compositor después de ese primer disco. Surgió como una
idea de hacer un demo para empezar a tocar mis canciones. Estaba con
muchas ganas de hacer eso, porque también siempre tuve esa necesidad,
siempre fui bastante creador. Mismo cuando estudiaba cualquier
instrumento, me pasaba que ejercitaba un cacho y después ya me divagaba a
probar cosas. Era medio como natural eso en mí. Con la ayuda de Diego
Drexler fuimos haciendo, armando, y en un momento decidimos que tenía
que ser un disco. Hablamos con Román Varas, que hizo toda la
posproducción y grabó pila de instrumentos. Claramente es un disco que
tiene de mí las canciones, interpretación y alguna idea arreglística,
pero es un disco bastante compartido con Diego (Drexler) y con Román.”
LA PERCUSIÓN
“Nicolás (Arnicho)
revolucionó el mundo de la percusión en Montevideo. Hay como un antes y
un después de la aparición de él. Yo fui su alumno y cuando aparecen
situaciones en que estamos grabando tambores batá, tambores de água,
berimbau, él está presente porque fue siempre una persona que
incentivaba a estudiar e investigar, a siempre estar en constante
estudio e investigación, buscando renovarse desde ese aspecto y eso me
quedó para siempre.”
LA MÚSICA BRASILERA
“Creo que
la forma, sobretodo de los Tropicalistas, de trabajar la canción desde
lo musical siempre me llamó mucho la atención y lo absorbí. Yo escucho
músicas de otras partes del mundo desde chico, y la forma en que
sintetizan y como llevan a su universo esas músicas del mundo y esas
formas arreglar es increíble.
Una de las
cosas es el desarrollo armónico que tiene la música brasilera, incluso
la pré Bossa Nova, ya en el choro (género musical): hay una riqueza
fuerte ahí. Como tuve mucha influencia de la música instrumental, del
jazz y de la fusión, mi oreja reconocía como naturalmente agradable
ciertos pasajes armónicos y formas de melodizar. Para mí en un momento
tuve la necesidad escribir, y encontré en la MPB esa forma de conjugar
la canción, que es un lenguaje que comunica mucho más directamente, que
tiene el texto.
Uno de los discos que yo escuchaba de chiquito era Transa (Caetano Veloso, 1972), que estaba en vinilo ahí en casa. Unos años después, escuché Palco (canción del álbum Quanta Gente Veio Ver, Gilberto Gil)
y piré con la sonoridad, la banda, todo. Fue un momento “quiero hacer
esto con los elementos que tengo yo acá”. Fue una revalorización de
cosas que yo había escuchado de chico. Es re importante la música de la
niñez, es lo que te marca siempre.”
Crédito imagem em destaque: Beta Vieira
Conversa com Sebastián Jantos sobre a produção artística do CD Hoy
Seguindo a conversa com Sebastián, agora conta sobre seu trabalho junto a Diego Janssen na produção artística do disco Hoy.
PRODUÇÃO ARTÍSTICA JUNTO A DIEGO JANSSEN EM HOY
O papel do
Diego, o primeiro ponto, foi de interpretar perfeitamente o que eu
queria, por característica dele. Ele é técnico de som, músico e, além de
saber harmonia, é ritmista. Ele tem uma história com o candombe
bastante forte e tem muito bem incorporados esses elementos e a obra de Eduardo
Mateo (que para mim é muito importante: quando escutei os primeiros CDs
de Mateo me senti muito identificado rapidamente). Ao ter tudo isso tão
bem incorporado, é fácil a comunicação do que se quer. Tem muito
respeito, como músico mas também como técnico, com como gravar
instrumentos de percussão. Em geral eles têm um papel mais de “cama” ou
de texturas sonoras, e normalmente não se daria tanta importância ao
detalhe de como microfonar os tambores para obter a melhor sonoridade – e
ele com isso é super dedicado. Era muito fácil dialogar com ele o que
eu queria e ele rapidamente traduzi-lo a uma realidade.
Fazemos os arranjos juntos também. Nas apresentações ao vivo de Hoy e de Muamba (CD em parceria com o músico brasileiro Mário Falcão)
está super claro isso, que é um CD que compartilhamos praticamente
todos os arranjos. Eu me encarrego mais da parte dos metais e das
percussões e ele se encarrega mais da parte das cordas. Isso é bacana,
porque eu tenho uma linguagem ou uma forma de arranjar com uma cabeça
mais “jazzística” e ele tem uma cabeça que vem mais da música
erudita, clássica, e isso se complementa bem. Nós dois aprendemos, é
muito interessante.
El músico uruguayo Sebastián Jantos tocará en el Bar Lobo
(Montevideo) este viernes a las 21:30. Acompañado por Diego Janssen
(guitarra y cavaquinho) y por el invitado especial Leonardo Giovaninni
(percusión), presentará nuevas composiciones junto a canciones de los
discos Fui Yo (Perro Andalúz, 2009) y Hoy (Igbalé Records 2012). El cubierto artístico es de $150 (pesos uruguayos) y se puede hacer reservas a través del 2711-2527.
Siguiendo la charla con Sebastián, ahora cuenta sobre su trabajo junto a Diego Janssen en la producción artística del disco Hoy.
PRODUCCIÓN ARTÍSTICA JUNTO A DIEGO JANSSEN EN HOY
El papel
de Diego, el primer punto, fue de interpretar perfectamente lo que yo
quería, por característica de él. Es técnico de sonido, es músico y,
además de saber de armonía, es ritmista. Él tiene una historia con el
candombe bastante fuerte y tiene muy incorporado esos elementos y la
obra de Eduardo Mateo (que para mí es muy marcante; cuando
escuché los primeros discos de Mateo me sentí muy identificado
rápidamente). Al tener todo eso tan bien incorporado es fácil una
comunicación de lo que se quiere. Tiene mucho respeto, como músico pero
también como técnico, con como grabar instrumentos de percusión. En
general tienen un papel más de “cama” o de texturas sonoras, y en
general no se daría tanta importancia al detalle de como microfonearlo
para obtener el mejor sonido de esos tambores -y él con eso es
superdedicado-. Era muy fácil dialogar con él lo que yo quería y él
rápidamente traducirlo a una realidad.
Arreglamos juntos también. En las presentaciones en vivo de Hoy y del disco Muamba (disco en parcería con el músico brasilero Mário Falcão)
está re contra bien claro eso, que es un disco que compartimos
prácticamente todo lo de los arreglos. Yo me encargo más de la parte de
los vientos y de las percusiones y él se encarga más de las cuerdas. Eso
está bueno, porque capaz que yo tengo un lenguaje o una forma de
arreglar con una cabeza más “jazzística” y él tiene una cabeza que viene
más de la música erudita, clásica, y eso se complementa bien. Los dos
aprendemos mucho, es re interesante.